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A indústria cimenteira é uma das mais importantes para economia brasileira, e tem alta empregabilidade, além de estar diretamente ligada à construção civil. Existem muito riscos presentes na indústria cimenteira, desde acidentes de trabalho até riscos à saúde de quem está envolvido em todo o trabalho, como riscos físicos, ergonômicos, químicos e biológicos.
Na indústria do cimento existe um longo processo de fabricação, que passa por várias etapas, como por exemplo, a extração, a moagem, a produção do clínquer, armazenamento e ensacamento.
Como dito no início desse post, a indústria cimenteira é muito importante para economia e, por isso, deve-se dar muita atenção a cada processo produtivo e principalmente aos trabalhadores envolvidos, que estão expostos a todos os tipos de riscos, desde a fase inicial do processo produtivo do cimento até o ensacamento.
O trabalhador está exposto em praticamente todas as etapas ao ruído e a poeiras. Nesse caso, devem ser feitas avaliações quantitativas sempre que houver exposição do trabalhador ao ruído contínuo, ruído intermitente, ruído de impacto e poeiras minerais.
É muito importante ressaltar que, antes de realizarem as avaliações quantitativas, o empregador, junto com sua equipe de segurança do trabalho, deve adotar medidas suficientes para eliminar ou reduzir os riscos, de acordo com a NR-9.
O ruído é um dos principais agentes físicos presentes no ambiente de trabalho e a sua e exposição acima dos limites de tolerância é um dos fatores mais agravantes à saúde ocupacional.
Pode ser comum encontrar, em diversos ambientes de trabalho, operários insatisfeitos com a exposição ao ruído. Esse tipo de exposição pode ocorrer na maior parte do processo produtivo, já que grande parte dele é composto por máquinas, como a de moagem e o britador.
Isso é agravado quando é ultrapassado o número de horas trabalhadas (8 horas), já que, em uma exposição a 85 dB, por exemplo, o tempo máximo permissível é de 8 horas.
Para o controle do ruído, podem ser tomadas algumas medidas, como isolamento do ruído, a absorção, isolamento do trabalhador (barreiras separando o operador do equipamento, por exemplo), limite e controle da exposição do trabalhador ao ruído, utilização de abafadores (EPI) e, principalmente, o programa de conservação auditiva.
No caso da exposição a poeiras, sabemos que é alta nas indústrias cimenteiras, como a exposição à sílica cristalina, por exemplo.
A sílica cristalina pode causar silicose, um tipo de pneumoconiose, em virtude da inalação desse tipo de particulado, tendo como principal consequência a insuficiência respiratória.
Os limites de tolerância para exposição à sílica livre cristalizada variam em função da porcentagem dessa poeira presente na atmosfera coletada no ambiente de trabalho.
Esse limite pode ser calculado através da fórmula abaixo:
Vamos supor que, em uma auditoria realizada numa indústria cimenteira, o limite adotado de exposição foi de 2,5 mg/m³. Na pesquisa feita dentro da indústria, todos os valores ultrapassaram esse limite, principalmente nas operações de ensacamento.
Até mesmo o operador menos exposto a poeira apresentou um valor de concentração de material particulado de 3,59mg/m³, o que caracterizou o local como insalubre.
Com isso, as recomendações e medidas de prevenção e controle para exposição a sílica seriam:
O uso de equipamentos de proteção seria utilizado em último caso, já que o uso do EPI deve ser feito quando não há mais possibilidade de eliminar totalmente o risco , sendo a última barreira de proteção do trabalhador.
Um ponto a se considerar, com o intuito de aproximar mais o trabalhador da conscientização dos riscos de trabalho, seria dar uma maior atenção a CIPA, que tem o papel de preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores, observando, relatando as condições de risco no ambiente de trabalho e solicitando medidas preventivas.
Um outro ponto forte a melhorar seria a adoção de tecnologias mais avançadas, como, por exemplo, a instalação de umidificadores industriais, o isolamento do processo produtivo da moagem, ventilação, dentre outros que com certeza evitaria ao mínimo o uso dos EPIs.
Reuniões diárias de segurança nos locais de trabalho, conhecidas como DDS (Diálogo de Segurança), também são consideradas uma ótima medida para alertar aos empregados a existência dos perigos e a forma mais segura de execução das tarefas, sendo uma condição ideal de que todos os trabalhadores tenham conhecimento dos perigos e riscos envolvidos nas suas atividades diárias.
Uma medida bem interessante tomada por parte de grandes empresas que produzem cimento, junto ao Ministério do Trabalho, e que vai envolver os trabalhadores que atuam no final da cadeia de consumo da indústria é a redução do peso do saco de cimento, que, em sua maioria, atualmente pesam 25 Kg e 50 Kg. Os sacos passariam a pesar apenas 25 Kg, com intuito de reduzir o absenteísmo e enfermidades, já que sacos com pesos de 50 Kg podem acarretar problemas de saúde ao trabalhadores.
Para se ter uma noção do tamanho da importância que devemos dar para a segurança e saúde do trabalhador, nos últimos 6 anos foram perdidos mais de R$ 28 bilhões com afastamentos por motivos de acidentes de trabalho, de acordo com o Ministério Público.
Ou seja, os investimentos feitos na área de Segurança do Trabalho são de suma importância para que não ocorram prejuízos financeiros futuramente.
Técnicos e Engenheiros de Segurança do Trabalho devem garantir que todas as Normas Regulamentadoras estejam funcionando de modo que não ocorram prejuízos, tanto psicológicos quanto materiais, aos trabalhadores.
A Segurança do Trabalho é fundamental para que não haja riscos no seu meio ambiente de trabalho!
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